Brasil, ainda uma viela.
(Minha resposta à novela Avenida Brasil, que termina hoje)
Não ler Machado
é machadada
numa cabeça
que vê novela
e se esparrama
pela viela
querendo ser
uma avenida,
sai Capitu
entra Carminha,
literatura
baixo escalão,
esta tevê
acorrentada
ao imaginário
de um povo heróico
sem retumbância,
um emergente,
mas sem visão.
Silêncio, nada.
Barulho, tudo.
E vemos graça
onde a pirraça
de um mensalão
onera um povo
sem escrutínio,
uma avenida
sem pavimento,
esburacada,
de asfalto velho.
José Dirceu
absolvido,
o barbudinho
sem julgamento,
com este povo
quase jumento,
relincha agora
como jamais
relinchou antes,
e segue a rua
até Brasília,
arquitetura
descomunal,
avermelhada
por este barro
que faz a lama
e apaga a chama
da geração
de “jovens” loucos
que não lêem livros
e bradam forte:
televisão!
3 respostas so far
Meu amigo Leonardo,
curti suas palavras, embora seja triste…
So tacando fogo, mas muito fogo nessa
babilonia e nessa bumbo tv!!!!!!!
Grande abraco!
Mario, meu amigo,
Obrigado pela leitura e comentário!
Sim, é triste, infelizmente, mas temos de gritar…
Grande abraço!
Concordo em gênero, número e grau! Bela poesia.